Os avanços da medicina mostram o caminho da manipulação genética para acabar com as doenças. O Espiritismo afirma que os desequilíbrios do espírito e, consequentemente, do perispírito levam às moléstias. Como ficamos?
A medicina quando expressa uma afirmativa ela é verdadeira. Pode o assunto estar entrosado às necessidades da vida mental ou espiritual. Não podemos desprestigiar a medicina, porque, quando ela fala, está baseada em fatos e experiências.
Explicando melhor, André Luiz declarou no livro “No Mundo Maior” que, se nós interferirmos na câmara genética e impusermos o sexo ao embrião, poderemos estar influindo para o nascimento de um homossexual, porque o espírito vai permanecer com os sinais psicológicos masculinos ou femininos que trazia antes da interferência morfológica. Os médicos podem manipular o gene, mas se o complexo de culpa permanece, o espírito não vai imprimir isso ao corpo?
Se a pessoa tem o complexo de culpa, ele vai se manifestar. A personalidade é um edifício muito bem construído. Por exemplo: um alfinete pode ferir o braço, mas, se a mão não tiver tendências para o tétano, aquilo se refaz por si só. Se a pessoa, porém, tem uma dívida de 400 anos atrás, para a qual o tétano seria o remédio que vai curá-la, então ele se manifesta. Vai aparecer a doença, conforme o complexo de culpa.
Devemos considerar também as atenuantes que podem surgir em cada caso. Por isso, a Doutrina Espírita é tão bem entrosada com a Medicina. Ela ensina a prática do Bem. As atenuantes vão surgindo com a prática do Bem e, com eles, a cura para os males que trazemos. O Bem verdadeiro não relaciona a dívida. Não devíamos nunca falar a palavra ingratidão, porque o bem que se faz está se fazendo para si mesmo. Não temos que pensar em recompensa e nem mesmo em compreensão. A pessoa vai compreender quando ela puder, daqui a mil anos, não tem importância. A importância é nossa em aproveitar o tempo para fazer o Bem.
Certo dia, precisava de uma pessoa que me orientasse Perguntei: “Como é esse problema de sempre fazer o Bem? ”. Escutei Emmanuel falar assim: “Você olha o relógio”. Eu olhei. “Tem algum ponteiro viajando para trás? ”, ele perguntou. Não, respondi. “Então, nós não temos nada de ir para trás”. É preciso fazer sempre o Bem. Estou com as pernas com dificuldades, paralisadas há quase três anos. Como é que eu posso ajudar as pessoas, pensei. Os espíritos me responderam: de qualquer maneira, pensando no Bem, falando no Bem. Quando o sentimento ilumina a cabeça, ela entende e não tem cobrança nenhuma, de nada”.
Fonte:
Do Livro “Lições de Sabedoria” – Editora FE.