Chico, a que você atribui a taxa sempre crescente de doentes mentais?
“Os Espíritos Amigos que se comunicam, são unânimes em afirmar que essa taxa crescente de perturbação, na atualidade, decorre do desequilíbrio existente entre as nossas conquistas de ordem científica e o atraso dos nossos sentimentos.
Existe grave desequilíbrio na balança cérebro-coração.
À medida que o progresso nos exonera as mãos de maior esforço, mais amplamente estamos a sós conosco nos caminhos da vida.
Com isso, faceamos certas dificuldades para nos suportarmos, do ponto de vista individual, sem perturbações, porque estas perturbações são conseqüentes à nossa incapacidade de responder, do ponto de vista emocional, à evolução da inteligência. Isso cria tomadas de obsessão ou desarmonias mentais muito grandes, reconhecendo-se que ainda cultivamos certa espécie de amor extremamente possessivo na Terra. Falamos do ponto de vista coletivo. Esse amor possessivo gera em nós processos lamentáveis de ciúmes e desesperação, que muitas vezes nos induzem à delinqüência confessa.
Quando encontrarmos um caminho de libertação espiritual, através do respeito que devemos uns aos outros, na condição de jovens e de adultos, entendendo-se que cada um de nós é um mundo por si e que cada qual de nós é chamado a exercer tarefa específica sobre a Terra, então muitos dos nossos problemas alusivos à perturbação mental serão praticamente eliminados. Isso ocorrerá, porque estaremos em condições de responder com altura de sentimento à elevação das novas descobertas que nos impelem a crer que a Terra é, realmente, para nós todos, um mundo maravilhoso.
A dificuldade ou a perturbação residem, efetivamente, em nós mesmos.”
Fonte:
Do Livro “A Terra e o Semeador” – Editora IDE.