“Façamos uma campanha contra a violência, a começar de nós mesmos. Tenhamos mais paciência dentro de casa, no trânsito, no trato com os familiares… Uma palavra pronunciada em tom um pouco mais alto desencadeia vibrações que se propagam… Conversemos sem alterar a voz. Não aposentemos o sorriso… Vivamos descontraídos, apreciando a beleza em torno de nós. Os homens se armam, porque os espíritos dos homens andam armados… Ninguém pode nos fazer uma contrariedade, que queremos partir para o revide”.
“Precisamos ajudar-nos a nós mesmos, mas deixando essa história do eu ferido…Eu não tolero beltrano, eu não posso, eu não agüento… Nós todos somos uns para os outros. Alcançar o coração daqueles que estão ao nosso derredor; precisamos também colocar o nosso coração naquele ponto de compreensão, de paciência… Para sermos tolerados, precisamos tolerar. Dar algo de bom de nosso coração, nossas palavras, nossos pensamentos, estendendo à pessoa que está no estado de angústia a esperança…”
“Sobre a Terra, tudo é ilusão, tudo passa, tudo se transforma de um instante para outro. O que conta é o que guardamos dentro de nós; tudo mais há de ficar com o corpo, que se desfará em pó… Não vale a pena tanta luta por nada! Precisamos crescer interiormente, adquirir valores que sejam eternos… Uma simples célula cancerígena que nos apareça no corpo joga tudo no chão. Vamos partir para o Além com os tesouros da alma. Como é que haveremos de nos apresentar aos que nos endossaram a reencarnação, de mãos vazias?! … Precisamos ser alegres, ter confiança em Deus, amar os nossos semelhantes. No momento da morte, nada nos valerá tanto quanto a consciência tranqüila!”
“No instante do testemunho, estaremos sempre sozinhos, com as nossas aquisições íntimas. Não haverá quem nos possa defender de nós mesmos, do remorso pelo que fazemos ou deixamos de fazer”.
“Quem deserta da luta, por achar que a luta está muito grande, não tenha dúvida: vai encontrar uma luta muito maior pela frente”.
“Precisamos estar preparados, compreendendo que a nossa dor não é maior do que a dos outros. Se não temos paciência com uma caneta quebrada, com o café, com o prato à mesa que não vem de acordo com a nossa predileção, como vamos ter paciência com as grandes coisas – se não temos com as pequeninas ?!… O choro que vive na preguiça esquece o trabalho; não é mais choro: é perturbação…”
“A depressão pede o remédio do trabalho; a pessoa triste necessita ser motivada para as pequeninas tarefas que consiga executar… Na depressão, o médico pode ajudar muito, mas, se o deprimido não estiver disposto a se ajudar… Quem sofre de depressão deve fugir da cama, do sofá… Faça qualquer coisa, ore, tenha confiança em Deus. Não pense em morrer! A vida está em toda parte. Somos filhos de Deus e estamos melhorando. Às vezes, a alegria que está nos faltando é justamente a alegria que devemos aos outros… Não sei dizer quantas vezes eu vim para a reunião com uma certa tristeza… Ouvindo a dor de tanta gente, a minha era insignificante. Quantos pais perdem os filhos e tem que continuar, não é mesmo?… Eu não posso ficar parado. Felicidade completa ninguém precisa esperar, paz definitiva eu nunca pude ver, nem os espíritos que se comunicam conosco… Ora, vamos nos aceitar como somos e prosseguir com muita fé em Deus”.
“Precisamos ter coragem , se determinado problema surgiu de repente, se uma dor nos colheu de improviso; coragem para suportar sem incomodar vidas alheias. Com pequeno sintoma, perturbamos toda a nossa família, como se cada um de nós fosse o centro do mundo”.
“Suicídio não é só aquele ato terrivelmente solene de auto destruição… Cometemos muitos suicidiozinhos… Cólera, por exemplo”.
“Existem espíritos complicados… encarnado e desencarnado… Precisamos saber lidar com eles. Não queiramos depressa o que Deus está esperando acontecer… Não podemos nos impor a ninguém. O tempo é que vai nos modificando aos poucos. Devemos ganhar o coração da pessoa; quem não ganha o coração não ganhará o cérebro, mudando os pensamentos de quem deseja ajudar…”
Trecho do livro “O Evangelho de Chico Xavier” – Editora DIDIER – Carlos A. Baccelli.