Temos visto muitas crianças sendo encaminhadas às reuniões de tratamento desobsessivo. Que fazer diante deste problema, cada vez mais freqüente?
Os Amigos Espirituais nos têm falado amiúde, acerca da questão da criança em desequilíbrio, que demanda larga dose de compreensão e carinho da família a que pertença. Lembram-nos os nossos Mentores que, em matéria de desajustes infantis, o remédio eficaz será sempre o do acendrado amor dos pais, no recesso do próprio lar. O amor em família é a construção da harmonia com vistas ao futuro promissor de cada qual. Desajustes, muitas vezes, nada mais são que o reflexo da falta de amor nos lares, gerando perturbações. Ao tratarmos questões como a desobsessão, os Instrutores Espirituais nos recomendam a utilização cotidiana de bom-senso. E o bom-senso nos indica que a mente infantil não está preparada para compreender os complexos fundamentos de uma reunião de desobsessão; que provavelmente, as crianças se impressionariam de maneira contraproducente se freqüentassem estes serviços espirituais.
Então, se os pais não estão com o tempo necessário de dedicação e amor para com as crianças dentro do próprio lar; se, por outro lado, não convém à mente infantil em desajuste freqüentar as reuniões de desobsessão, logo, devemos suplicar à Bondade Infinita de Deus que inspire aos trabalhadores das Casas Espíritas dedicados à Evangelização Infantil, que organizem em seus quadros de serviços reuniões apropriadas ao amparo e ao acolhimento de crianças desajustadas. Reuniões específicas para a mente infantil, que funcionariam vinculadas aos núcleos ativos de desobsessão do Centro. Reuniões intermediárias de socorro e esclarecimento evangélico. Esta colaboração poderia trazer muitos benefícios em favor da tranqüilidade familiar.
Observa-se em tarefas de desobsessão um excessivo número de casos para serem atendidos, tendo em vista a extensão do sofrimento em torno. Acontece, porém, que o número de médiuns disponíveis ao serviço é restrito. Razoável, portanto, considerarmos a impossibilidade destes poucos médiuns em serviço atenderem a todos os casos que se apresentam. Como estabelecer, então, um limite à passividade dos médiuns?
Os Instrutores Espirituais dedicados à tarefa da desobsessão nos informam, que a disciplina deverá sempre presidir a qualquer esforço de elevação. Por isso mesmo, recomendam eles que o médium psicofônico, também chamado de incorporação, dedicado à enfermagem espiritual desobsessiva, não deverá exaurir-se em inúmeras e ininterruptas passividades dentro de uma reunião. Assim, o limite máximo de duas passividades de espíritos sofredores, por reunião, deverá ser respeitado, a benefício de todos.
Fonte:
Questões 1 e 2, da Revista Espírita “Informação” – n 184.