Quando a aflição te bata à porta, é natural te preocupes, no entanto, pensa igualmente naqueles que te rodeiam.
Todos eles te aguardam a coragem para que se lhes garanta a resistência. Ninguém te pede a indiferença da estátua.
Roga-se-te a serenidade daquele que se dispõe a ser útil.
Quando a provação se te apresente nas características do inevitável, é que determinadas manifestações da lei de causa e efeito estão em andamento, reclamando-nos adaptação à realidade que, por vezes, somente muito depois, reconheceremos como sendo aquilo de melhor que a vida podia oferecer.
Algum ente amado terá perdido a existência no Plano Físico, impondo-nos espessa carga de saudades e lágrimas… Entretanto, é possível que, no futuro, venhas a considerar semelhante ocorrência à feição do resultado de uma portaria celeste, liberando a criatura que partiu de pesados sofrimentos que talvez lhe atingissem a paralisação dos movimentos ou o desequilíbrio das faculdades cerebrais.
Em vários episódios da experiência humana, certa pessoa querida ter-nos-á trocado a presença pela companhia de outra pessoa, esquecendo-nos, em muitas ocasiões, o carinho e o devotamento… É provável, no entanto que, depois de algum tempo, venhamos a saber que o acontecido terá sido a resultante de inspirações do Mais Alto, porquanto aprenderemos que se essa ou aquela pessoa houvesse permanecido, compulsoriamente, ao nosso lado, talvez tivesse caído nas calamidades do homicídio ou do suicídio, já que não nos é dado conhecer o íntimo daqueles que nos compartilham a vida.
Em qualquer crise da existência, conserva a calma construtiva, de vez que os nossos estados mentais são contagiosos e, asserenando os outros, estaremos especialmente agindo em auxílio a nós.
Ainda que os amigos de outro tempo não te reconheçam em teus dias de inquietação, Deus te vê, provendo-te de recursos, segundo as tuas necessidades.
Orientação extraída do livro “Paciência”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, edição CEU.