É um momento infalível na existência de cada um.
A pessoa, bastas vezes, se acredita realizada por haver concretizado aspirações que lhe pareciam demasiado altas, entretanto, o teste espiritual de confiança aparece de improviso.
É o parente que fraquejou em obrigações assumidas, comprometendo a tranqüilidade de todo o grupo familiar; a moléstia com gravidade imprevista; o afastamento de afeições das mais queridas ou a desencarnação de um ente amado…
Nessas ocorrências, surge o momento de exame em que as nossas aquisições da vida íntima se fazem avaliadas.
Diante desses testemunhos, alguns companheiros se desmandam na revolta ou se acomodam com a rebeldia, fugindo habitualmente para as aventuras infelizes, adquirindo débitos de resgate difícil. Outros, porém, usam a coragem e a serenidade e aceitam as tribulações que os procuram, nelas reconhecendo valiosos fatores que os impelem à própria renovação.
Quando te encontrares assim, numa hora grave e áspera, em que todas as vantagens que adquiriste no tempo te parecem arrastar para o sofrimento, não desesperes, nem desanimes.
Confia em Deus e segue para diante.
Se reconheces a força do amparo mútuo, auxilia aos companheiros em provação, tanto quanto puderes, a fim de que o apoio alheio não te esqueça no dia de tuas próprias dificuldades.
Ainda que os amigos de outro tempo não te reconheçam em teus dias de inquietação, Deus te vê, provendo-te de recursos, segundo as tuas necessidades.
Na atualidade terrestre, o homem se previne contra a carência de valores alimentícios, estocando gêneros de primeira utilidade; defende as estradas, afastando o risco de acidentes ou promove a vacinação, frustrando o surto de epidemias. Pensando nisso, entendamos o imperativo de exercitar fortaleza e compreensão, paciência e solidariedade porque, de modo geral, em todas as existências do mundo, surge o dia em que a crise acontece.
Orientação extraída do livro “Paciência”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, edição CEU.